terça-feira, 28 de novembro de 2017

SOBRE ÂNGELA MARIA

Ângela Maria apareceu em meu local de trabalho após muito tempo. Disse para mim que teve um infarto, daí a ausência tão prolongada. Ela recolhia cartuchos de impressora para vender. 

Foi submetida a dois cateterismos e uma cirurgia. Agora toma remédios para a recuperação.

Suas irmãs estão cuidando para que ela tome os remédios.

Pediu um copo de água para tomar um remédio e começou a falar sobre filhos, noras e genros. 

Falou uma eternidade sobre cirurgias plásticas e de restauração da virgindade feminina, pois uma mulher deve casar-se virgem.


Criticou o radicalismo do regime cubano, que nem sei como entrou na conversa, e afirmou ser um absurdo alguém viver apenas comendo um ovo por dia.


Discorreu também sobre a vaidade sem limites nos dias de hoje e como as mulheres querem apenas ficar, e não mais casar. 

Ângela Maria tomou seu remédio e foi embora, desejando-me felicidades...

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

SOBRE ESPERAR

Há quanto tempo você vem adiando aquele sonho antigo de pular de para-quedas, comprar uma moto ou viajar para a Europa?

Criamos todo tipo de desculpa ou adiamos eternamente a realização das coisas que apreciamos fazer ou ter. Às vezes, por falta de coragem mesmo. Em outras vezes por pura procrastinação e comodismo. 

Por quanto tempo somos obrigados a permanecer naquele emprego que detestamos, com as mesmas pessoas apáticas e indiferentes, que não acrescentam nada à nossa vida? Pelo contrário, minam nossa auto-estima e criticam tudo o que fazemos, só para descarregar seus sentimentos de frustração e negatividade. Alguém não deveria ter que aturar esse tipo de gente por anos, numa interminável sessão de tortura, e não tem!

É possível mudar de setor, ou mudar de emprego antes que a situação torne-se insuportável e você tenha uma úlcera ou coisa pior.

Para quem é do setor público, existe a opção de uma licença não remunerada por até dois anos, deixando o caminho livre para uma iniciativa no setor privado, por exemplo.

No setor privado, empreender é uma escolha para quem já está saturado de ter um chefe azucrinando a vida e azedando o leite. Qualquer um pode começar um negócio dentro de sua própria casa com as ferramentas disponíveis hoje.

O trabalho é importante, mas não é tudo em nossas vidas. Devemos dedicar mais tempo à nossa saúde e família, sem as quais nada mais importa.












segunda-feira, 13 de novembro de 2017

SOBRE O LÁPIS

Gosto de escrever à lápis. Não entenda mal, adoro computadores e também adoro escrever usando meu laptop, o tablet ou o celular. Mas às vezes a inspiração não vem quando estou usando o computador, daí eu uso o bom e velho lápis.

É difícil de explicar, mas quando você pega no lápis e começa rabiscar em um caderno, as ideias vem quase que instantaneamente. Talvez seja o cheiro, o deslizar do lápis no papel e o barulho aconchegante que resulta desse encontro. Com um caderno e um lápis, você pode escrever em qualquer lugar, em pé, deitado, no sofá, em uma praça, as possibilidades são infinitas! E não há nada mais agradável do que escrever em um café, saboreando um delicioso capuccino e observando as pessoas conversarem, sempre uma fonte de boas ideias. 


Em alguns posts, começo a escrever à lápis e, quando estou com pressa de publicar, termino o texto no computador. Mas o pontapé inicial foi dado com o lápis. 

Muitos autores, como John Steinbeck, usavam o lápis para um primeiro esboço e só depois reescreviam com a máquina de escrever. Mas falar sobre elas é assunto para outro post. 

Alguns estudos científicos apontam que escrever à mão desperta o lado direito do cérebro, o lado responsável pela criatividade. Além disso, computadores, celulares e tablets são fontes ilimitadas de distração, com filmes, com filmes, música e redes sociais ao nosso alcance vinte e quatro horas por dia. 

Também há o lado poético e romântico de escrever à mão. Nosso cérebro prefere coisas imperfeitas e um pouco sujas quando estamos criando, uma espécie de caos controlado. Isso desperta a imaginação. Coisa que uma tela fria e impositiva não consegue.













SOBRE VIVER

Permanecemos estáticos até que um estímulo, um chute na bunda, uma ordem ou qualquer outra coisa nos propague em direção ao futuro, à evolução. 

Não se enganem: estamos aqui para evoluir, para nos aprimorar, e devemos aproveitar cada oportunidade para crescermos e fazer os outros crescerem também. A evolução não é estática e a vida não é sem sentido. Há sempre um sentido, bastando você colocar os pés na rua e vivenciar as experiências.

Fomos feitos para chorar, sorrir, entrar em conflito, nos conciliarmos, amar ou odiar. Mas uma coisa é certa: não fomos feitos para ficar em casa assistindo televisão o dia inteiro, comendo pipoca. 

Não. Nossas experiências no trabalho, no amor, na vida são o motor de nossa evolução. Esse motor tem que ser ligado todos os dias. 

Mantenha-se em movimento. Depois de algum tempo, troque de casa, de carro ou até mesmo de emprego, se possível. Tente empreender. Crie um produto ou serviço e tente vendê-lo. Saia da zona de conforto imediatamente. Sinta-se vivo...

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

SOBRE A NECESSIDADE DE ESCREVER

Algumas pessoas não entendem a necessidade que um escritor tem de concluir seu trabalho. Nada muito diferente de um pintor quando precisa terminar um quadro, ou de um compositor que necessita finalizar uma música. Escritores são artistas e, como tal, precisam de um espaço para entrar em contato consigo mesmos.

Artistas sempre são rotulados de "esquisitos" e "antissociais", quando, na verdade, desejam ficar em silêncio para ouvir a própria inspiração, ou para ouvir as "musas", como acreditam alguns.

Calíope era uma das nove musas da mitologia grega e minha favorita. Foi a musa da poesia épica, da ciência e da eloquência, sendo a mais velha e sábia das musas. Mesmo sendo um mito, sua figura é venerada em algumas partes do mundo. Certos escritores tem uma pintura de Calíope em seu local de trabalho e juram que a imagem lhes dá inspiração. 

Escritores possuem obrigações sociais como qualquer pessoa normal: trabalho, casa, família, estudo. O que os diferencia é que precisam manifestar sua inspiração através de palavras. Necessitam de que sua voz seja ouvida, ou lida, mais precisamente.

E quanto mais um artista pratica sua arte, mais fica dependente dela, tornando-se, ambos, uma só coisa. 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

SOBRE FUTEBOL

Só assisto futebol em época de Copa do Mundo. E não é porque eu gosto desse esporte monótono, de jeito nenhum. Apenas porque ninguém consegue fazer absolutamente nada em dia de jogo do Brasil.

Já tentou comprar alguma coisa? Ir ao cinema? Ou ao shopping? Mesmo que tenha algo aberto, ninguém está nem aí para você, pois está com a cara grudada na TV, vendo a droga do jogo. Vinte e dois manés correndo de um lado para o outro, atrás de uma bola indiferente. Que coisa mais inútil.

E não pensem que desgosto de todos os esportes, não. Gosto de boxe, judô, karatê, atletismo, basquete e outros dos quais não me recordo agora. Só abomino coisas repetitivas e sem graça, sendo o futebol uma das mais maçantes. 

Não estou nem aí para o futebol ser o esporte mais popular do mundo. Isso só acontece porque tudo o que é necessário é uma bola e um espaço, ainda que mínimo, para a prática. Até com bola de meia é possível jogar o troço e destruir todos os eletrônicos da sua sala. 

Além disso, quando penso em todo o tempo desperdiçado (uma hora e meia!) assistindo uma partida do negócio, fico com dor de cabeça.

Nelson Rodrigues pode me desculpar, mas o futebol é a mais desimportante das coisas desimportantes.







segunda-feira, 6 de novembro de 2017

SOBRE FÓRMULA 1

Há muitos anos não assisto mais tv aberta, nem mesmo os telejornais. Leio as notícias na internet. Mas não poderia deixar de registrar meu ódio contra a Fórmula 1, essa chatice infinita transmitida quase todos os domingos. Fico incomodado, e muito.

E não interessa que a porcaria não passe nas TVs em minha casa. Basta ouvir a quele maldito som ensurdecedor ridículo de motores da casa do vizinho que me embrulha o estômago. Saio de casa, se necessário, para fugir do tormento. A monotonia, a mesmice de carrinhos dando voltas e mais voltas e chegando a lugar algum simplesmente é insuportável para mim.

Sempre detestei coisas repetitivas. Daí minha preferência por corridas ao ar livre do que idas à academia, onde sempre me senti um ratinho de laboratório correndo naquelas esteiras. Não é que eu não goste de carros, longe disso. Adoro os programas de tunagem de carros da TV a cabo e outros onde pegam um veículo destruído e restauram até ficar novo. Um primor! Mas não tolero a ideia de repetição.

Para mim, as coisas tem que chegar a algum lugar, ter uma conclusão, e não ficarem presas a um loop eterno. Ainda lembro, com pesar, das madrugadas em que meu pai me acordava para assistir àquelas malditas corridas, com os olhos pregados, lutando desesperadamente para ficar em minha cama. Não recordo de quantas noites preciosas de sono perdi tendo que assistir àquela droga. Um lixo!




FRANCES HA

Frances é uma aspirante à bailarina que divide um apartamento com sua melhor amiga e aspirante à editora, Sophie. As duas se dão muito ...